SILK

Há por aí uns bares em que só se entra tendo o nome na lista de convidados (guest list). E como é que podemos chegar à tal guest list? Com conhecimentos. Que por acaso não tenho em abundância nesta área mas vão chegando. Outro dia perguntaram-me se queria ir a uma dessas festas e eu aceitei. - Nada melhor do que falar das coisas com conhecimento de causa. Tinhamos era que dar o nome para a guest list. O nome! Foi então que fiquei a pensar:

“Será que eles ao verem Zé Carlos na lista me deixam entrar?? Se calhar seria melhor “inscrever-me” como Bernardo Mello, Rodrigo de Lencastre ou António Sottomayor, não vá ficar à porta."

Caguei no assunto e lá fomos. Demos os nomes à entrada, conferiram e abriram-nos caminho como se estivessemos prestes a penetrar numa caixa forte com direito a self-service ilimitado. O espaço estava muito bem decorado e tinha uma vista magnífica sobre o Tejo. Circulamos uns minutos e como não estavamos ali para uma sessão de cinema, naturalmente dirigimos-nos ao bar:

- Boa noite. Tem minis?
- Minis? Não, só imperial.
- OK, então um gin tónico e um whisky se faz favor.

Acabara de registar o único (?) ponto negativo do Silk. Não há minis. Tudo bem. Concordo que num espaço que se chama silk não haja minis, porque se houvesse, o nome seria qualquer coisa como ganga ou flanela.

Mesmo sem minis, se houver por aí novo convite, posso sempre ver se na minha agenda há um espacinho porque aquilo tinha muuuuuito boa pinta! :)