terça-feira, 16 de novembro de 2010

A INJECÇÃO


Hoje de manhã ao meu chefe apeteceu-lhe comer churros:

- Jibóia, sabes onde é que se fazem os churros que abastecem todos os bares aqui da zona?
- Não. Não faço ideia.
- Então anda daí comigo que eu vou mostrar-te.
- Ok, vamos lá ver isso.
- Aquilo é um local assim… castiço. Se os da segurança alimentar lá passam se calhar fecham a loja, portanto prepara-te.
- Não faz mal, eu estou habituado a ver de tudo.

La fomos. O local era velho, fazia lembrar uma padaria muito antiga, mal cuidada e oleosa por todo o lado.
Em cima do balcão havia dois recipientes, um com farturas e outro com churros. Dois homens faziam limpeza (?) no local e acabavam de desmontar um estore coberto de gordura e uma camada de pó. Assim que entramos, um deles passou as mãos na camisa para tirar o pó e perguntou o que queríamos:

- Seis churros, por favor.

Abarbatou uma molhada deles com aquela mesma mão que desmontou o estore e limpou à camisa e enrolou-lhes um papel que estava por ali.

- Algo mais?
- Não, é tudo.
- 96 cêntimos, por favor.

Pagamos e viemos embora. No caminho de volta o meu chefe ia babando ao pensar no café que o resto da malta tinha ficado a fazer no escritório e de como esta injecção matinal lhe ia saber bem.

3 comentários:

  1. o teu boss é muito fixe, mas não bebe minis....

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  2. Mai nada!!! Os churros com pó e mais três mil espécies de germes até sabem de outra maneira! ;)
    Fez-me lembrar este post

    http://bluebluesky-bluebluesky.blogspot.com/2010/10/o-que-nao-me-mata-torna-me-mais-forte.html

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  3. Nao bebe minis, mas poe-lhe um tinto à frente e logo vês enquanto desaparece!!

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Falem com o Jibóia, falem...