quarta-feira, 10 de novembro de 2010

OS QUEIXINHAS


Nos meus tempos de estudante sempre fui um aluno médio/bom. Podia ter sido um aluno excelente, mas nunca gostei de passar muito tempo a estudar. O que ouvia nas aulas e o estudo da véspera foram chegando para me levar onde quis. Nunca me queixei, pois tinha noção que os resultados que obtinha eram fruto do que estudava. Mas havia os marrões que nunca estavam contentes. Quando saíam da sala a dizer que o teste lhes tinha corrido mal era porque vinha lá um 17 ou um 18 no mínimo. Apesar de sermos todos amigos isso era coisa que irritava, sobretudo aqueles que realmente não tinham jeito para estudar e por isso andavam sempre no “tem-te não caias” que era o 9-10. Desde essa altura consciencializei-me que para nos queixarmos é preciso conhecermos bem as diferentes realidades e termos cuidado com quem e em que circunstâncias o fazemos. Lá porque é uma tradição tão portuguesa, não é obrigatório nos solidarizarmos de forma ridícula. É que por vezes falamos de barriga cheia em frente de quem tem fome.

4 comentários:

  1. É exactamente essa a minha opinião.

    Há uma falta de sensibilidade enorme além de vergonha....

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  2. Ah e acho que tanto vale para bens materiais como emocionais...

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  3. Essa gente só peca por se queixar da coisa errada. Deviam era queixarem-se da falta de massa cinzenta que têm.

    MC

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Falem com o Jibóia, falem...