Será que o presidente da Confederação da Indústria Portuguesa acha que somos todos totós?
Tirem as vossas conclusões.
O presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) defende que os subsídios de férias e de Natal devem acabar e ser integrados nos salários. Uma medida, diz António Saraiva, que pode trazer muitas vantagens para a economia e deve ser aplicada “a curto prazo” no sector privado e público.
- A que vantagens se refere concretamente, sr. António?
“Vejo com bons olhos a aplicação dessa medida a nível geral. É uma das soluções que se deveria levar a cabo”, diz ao i o presidente da CIP, convicto de que esta alteração teria um efeito positivo na economia, já que “haveria mais dinheiro disponível todos os meses” e seria benéfica para os trabalhadores, que ficariam com “mais dinheiro para fazer face ao aumento do custo de vida”.
- Quer dizer que saber gerir um orçamento mensal e receber os subsídios isoladamente não serve para fazer face aos custos de vida de cada um? É que abaixo o senhor diz que "seria passar um atestado de menoridade aos portugueses colocar em causa a sua capacidade para gerir o dinheiro"...
As empresas, acrescenta António Saraiva, conseguiriam “gerir a tesouraria mais correctamente” e “não teriam esse esforço adicional” dois meses por ano. “Lamentavelmente vivemos um período em que muitas empresas são forçadas a pagar o 13.o e 14.o mês com atraso. Assim haveria a garantia de que todos os meses seria pago aquele montante”, acrescenta.
- Ah sim, claro. Com a eliminação destes subsídios (desculpe, integração no salário mensal como diz, não é?) as empresas ficavam imediatamente com o problema resolvido...
Na prática, a CIP propõe que os portugueses passem a receber 12 meses em vez de 14 e, em contrapartida, vejam o seu salário mensal subir. Um salário de mil euros passaria a ser de quase 1200, mas quem quisesse gastar mais com as férias ou as prendas de Natal teria de poupar ao longo do ano. “Seria passar um atestado de menoridade aos portugueses colocar em causa a sua capacidade para gerir o dinheiro”, afirma o presidente da CIP, em resposta aos críticos desta medida.
- E que tal serem as empresas a poupar ao longo do ano para poderem pagar os subsídios a tempo e horas?
O pagamento dos 14 meses por ano está longe de ser uma prática na Europa e, por exemplo, nos países nórdicos não existe o subsídio de Natal.
- Pois não. Os cidadãos nórdicos são uns pobres desgraçados, mal têm para comer. Aliás, estamos a assistir a uma nova corrente de imigração. Já reparou na quantidade de escandinavos que entra diariamente em Portugal à procura de um futuro melhor?
o subsídio de férias e de natal pode perfeitamente ser pago por duodécimos. o que esse discurso tem de perigoso é o que está subjacente.
ResponderEliminartrocando-se as voltas aos trabalhadores e passando a regra a ser o pagamento em duodécimos, iria criar a convicção que "já houve um aumento brutal de salários" e que os trabalhadores perderam a legitimidade para exigir mais.
lentamente a consciência que esse aumento se deve à distribuição dos subsídios ia desaparecer.
Embora concorde com o(a) du, eu aqui ganho 12 salários e corre bem. O que está estipulado é que 8% do valor anual corresponde a um valor adicional que cobre o tempo que estou de férias. Fi-lo pq me disseram que fiscalmente é mais vantajoso. Não sei se é ou não, só te sei dizer que faço (pessoalmente) uma melhor gestão do meu dinheiro. As pessoas em PT não sabem poupar, e isso é um dado adquirido, há mta gente a usar os subsídios para pagar o seguro do carro, a prestação de X, Y e Z... Eu sei q os holandeses exageram nos cartões de crédito (dizem colegas meus, pq eu sinceramente nunca os vejo pagar nada com cartão, mas enfim), mas na TV não vês um único anúncio a créditos pessoais para comprar PCs, telemóveis, iPads, TVs e afins. Há descontos de loja para loja, mas não há fiado. E isso pode ter a ver com o facto das pessoas, perdoa-me a expressão, não contarem com o ovo no cú da galinha para cobrir despesas adicionais que tenham. Tive várias discussões com a minha Mãe (que tem um negócio próprio com empregadas) sobre a data de pagamento do subsídio de férias. Ela acha que se deve pagar qdo os empregados vão de férias, seja em Setembro, seja em Agosto, seja em Fevereiro, na proporção dos dias que se vai. Ora isto é um disparate, primeiro pq por lei deve pagar até ao fim do mês de Junho. Depois o mês de Agosto é aquele que tem menos movimento no negócio dela, logo é o mês que mais lhe custa tirar dinheiro da caixa pra pagar às empregadas. Mas como ela não tem noção, faz as coisas "à moda antiga", e lixa-se. Pq as empregadas querem que assim seja.
ResponderEliminarEu entendo que mta gente vá entender isto como um aumento dum ordenado querendo justificar perante os empregados q já os aumentou. Mas o certo é que é tudo uma questão de hábito, e não querendo chamar estúpidas às pessoas, acho que fazia mto bem a mtaaa gente.
Desculpa o testamento. Um abraço!
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ResponderEliminarA sério, a conversa destes gajos é de lhes rebentar a cabeça à pazada. É tão fácil dar bitaites...
ResponderEliminarO português obviamente que sabe poupar, senão não chegava ao fim do mês. Mas também sabe ver que o senhor da CIP está-se bem marimbando para a qualidade de vida de alguém que não ele mesmo e que isto é só um esquema para deixarmos de vez de ter o 13º e o 14ª tadinhos dos empresários pobres de deus.
( porra tinha ali um erro ortográfico equivalente a um cataclismo nuclear )
ele acha que somos tótós
ResponderEliminardu, o problema é esse mesmo. E depois nos novos salários, nao acompanharem a inserçao/distribuiçao pelos 12 meses dos respectivos subsídios.
ResponderEliminarAndorinha, corre bem aí porque nao há tugas espetalhoes a mandar.
Prezado, nao é difícil de ver isso pois nao?
cê-agá, se calhar nao acha mas atira o barro a parede a ver se cola...