quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

CALENDÁRIOS DO ANTIGAMENTE


Ir à oficina com o carro sempre foi uma chatice do ponto de vista financeiro, pois o que menos queremos admitir é que a nossa bomba bolinhas está a precisar de reforma e com isso gastar ainda mais dinheiro. Ainda assim, antigamente nem tudo era mau. Se a revisão fosse em Janeiro, por essa altura já o nosso mecânico devia ter recebido e pendurado nas paredes da oficina aqueles famosos calendários ilustrados que nos permitiam apreciar as mais modernas técnicas de lavagem de automóveis efectuadas por esbeltas (?) moçoilas, enquanto aguardavamos a entrega do nosso veículo.

Entretanto os tempos mudaram e hoje uma ida à oficina é uma chatice completa. Além do habitual estrago na carteira, as gajas deram em querer mostrar que também são capazes de tratar dos assuntos do carro e o marketing dos catálogos de parede já teve melhores dias. Diz que elas preferem ir ao elefante azul.

7 comentários:

  1. jibóia, não sou mecânico (tenho uma das profissões mais conservadoras e pseudo-respeitáveis, por sinal) e o meu chefe deu-me um calendário de mesa de uma empresa de material de construção, carregado de cliché da mulher sensual-trolha em cada página.
    a tradição já não é o que era.

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  2. Eheheh...
    Que frustração, hã?...

    Mas podes sempre recorrer à net para ver moçoilas a lavar carros... :P

    Beijinhos :)

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  3. Interessante que muitas vezes complementam eses calendários de jovens donzelas cheias de saude - em geral distraídas a sair do banho - com bonitos posters de cestas com gatinhos e Lassies. Deve ser para apelar ao público feminino.

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  4. du, nao é mesmo e nós nao fazemos nada para inverter a situaçao!

    Fada, nada como o original :P

    Prezado, já nao me lembrava desses que sao ainda mais raros nos dias que correm.

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  5. Prezado, acho que o objectivo era exactamente esse. Ainda me lembro de o homem do talho oferecer dois calendários "lá para casa", um com gatinhos à senhora minha mãe e outro para o meu pai com uma temática mais carnal. Talhos. Enfim.

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  6. Jibóia, toda a gente gosta de decorar o seu espaço de trabalho com temáticas apelativas, está claro.

    E isso não muda.

    Mas o que acredito que tenha podido contribuir para o declínio do calendário-de-gajas-nuas (acreditem, é um termo técnico, não tem conotações depreciativas para com o sexo feminino) foi, em poucas palavras, a _mudança do foco laboral_.

    Com o advento da electrónica, até o trabalho dos mecânicos mudou. Agora, em vez de passar o tempo a olhar para as paredes e a pensar "que raio é que este motor terá?" passam o dia a olhar para écrans com desenhos giros de coisas a andar à roda (o meu conhecimento do software específico das oficinas é assim, limitado e colorido).

    É portanto normal que as ditas gajas-nuas agora estejam no écran do computador. (se pensarmos bem, faz sentido. os tais gatos dos calendários, por exemplo, emigraram _todos_ para o Facebook...)

    E eles, vai na volta, estão é a olhar para elas lá nos seus écrans escondidos, quando nós pensamos que estão a contemplar as coisas-a-andar-à-roda e a meditar nos problemas do nosso pobre carro...

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Falem com o Jibóia, falem...