Na verdade ela nunca quis saber se um touriga nacional era mais indicado que um syrah para acompanhar o bacallhau braseado, que nem distinguia do típico bacalhau na brasa e respectivas batatinhas a murro regadas com azeite. E os Riedel, que ela invariavelmente substituía pelos do Ikea para grande desgosto dele... Nem mesmo uns fins de semana em Paris acompanhando-o nas convenções anuais do banco serviram de pretexto para ensaiar um disfarçado interesse pelas bonds europeias. Bond para ela só o Connery. Os gastos exorbitantes em comida da moda, quando a prima Belmira de Valpaços nunca deixava acabar o salpicão de bísaro lá em casa, também nunca foram percebidos como algo realmente necessário. E um dia ele admirou-se que o habitual passeio de barco com a família do director geral pelas águas do Alqueva tenha sido preterido por uma petiscada com os amigos.
Estranho modo de vida o de quem partilha cama com a mesma pessoa anos a fio mas não sabe com quem vive.
Se o fundo não fosse preto, diria que estava na presença do Salgado...
ResponderEliminar(e ela tem uma certa razão, o melhor Bond é o Sean)
ResponderEliminarJibóia, e há tanto disso, tão mais do que se pensa...
ResponderEliminarI <3 you! :)
ResponderEliminarLove you too :)
EliminarHá aqueles que em determinada altura percebem que não conhecem quem dorme do outro lado da cama e depois há os outros. Os que nem estão para se chatear com isso.
ResponderEliminarPipoca, Salgado há só um ;)
ResponderEliminarMenino, acredito que sim.
Maria Eva, felizmente ainda há uma terceira espécie :)
Sim, claro! Felizmente há uma terceira espécie :)
EliminarUm pouco de comodismo, não? Aliado a outros factores que nos impedem de (re)agir.
ResponderEliminarA etiqueta é "sociedade" e é mesmo a sociedade que nos impele a viver assim, pedindo "motivos sólidos" para mudar-mos, por achar que isso não é razão, isso é de gente que pensa demasiado.
*mudarmos
ResponderEliminarE isso, é o que há mais por aí!
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