É preciso ver que nós os Benfiquistas somos milhões no mundo inteiro e estamos carregados de heterogeneidades. Somos muito diferentes entre nós, uns com licenciaturas, outros em tabernas, uns com Ipads, outros sem dentes quando gritam golo ... diversos nas qualidades e nos defeitos (quantos de nós não somos gabarolas, infantis, inflamados?). Mas há uma coisa que distingue os Benfiquistas em qualquer lado do Mundo: somos tremendamente emocionais. Só assim se explica um "afecto que não acalma" perante nomes como Águas, Eusébio, Coluna, Cávem, Torres, Simões, Toni, Bento, Valdo, Ricardo Gomes, Mozer, Isaías, Paneira, Preud'Homme, Rui Costa ... todo um Olimpo de deuses que chega agora até ti, Pablo.
A cada jogo que passava tornava-se inevitável e consensual apreciar a qualidade dos teus passes, da tua leitura de jogo, o teu drible curto de cabeça levantada, a forma de estar no desporto, de gerir a bola, de liderar os mais novos, de ganhar jogando bem e não porque o árbitro esteve nas putas na noite anterior. Sucessivas bofetadas de luva branca em quem acredita que só com crime se pode chegar aos melhores resultados. És o oposto dos Armstrongs da vida: os teus resultados baseiam-se em trabalho e talento. Jamais apontaste para ti. E sabes como poucos que a equipa vem antes do jogador. A supremacia do teu futebol atingiu um ponto em que todos os que odeiam o Benfica reconhecem ao menos no seu íntimo que afinal gostar de Aimar é - talvez lá no fundo, nem que seja um pouquinho - gostar do desporto-rei.
Caro Pulha Garcia, falar do Aimar e consequentemente do sentimento benfiquista não é fácil. Talvez este tenha sido o mais belo texto que já li acerca do tema. Falaste em nome de muitos benfiquistas e amantes do desporto-rei por esse mundo fora. Obrigado.
Obrigado eu pela tua amizade e pelo teu benfiquismo. Identifico-me e agradeço-te. Forte abraço.
ResponderEliminarParece que vamos ter o privilégio de o ver de perto mais uns meses. Grande abraço!
Eliminar