MARADONA É AMOR

Depois de ontem ter visto o Maradona abraçado aos seus jogadores no final do Argentina – Coreia do Sul, tendo inclusivé beijado alguns deles, lembrei-me imediatamente de fazer este post. Hoje ao ler o jornal, deparo-me com esta notícia. Nem de propósito! Parece que não fui o único a estar atento às manifestações de afecto do melhor jogador do mundo de todos os tempos.

Maradona como treinador é fraco, percebe pouco de táctica. Maradona em termos de relações humanas é forte. É com isto que ganha jogos, reune algum consenso, tem o carinho da nação argentina e dos apaixonados pelo espectáculo. Ter o Messi também ajuda, vá. Quando não se sabe muito de futebol, é preciso ser-se inteligente para se lutar com outras armas e poder chegar à vitória. A Argentina pode até nem passar o grupo, o que duvido, mas já ganhou em várias outras frentes.

Quando Luiz Felipe Scolari treinou Portugal, ficou bem patente que de futebol não percebe grande coisa. Mesmo assim conseguiu os melhores resultados de sempre da selecção nacional. Porquê? Porque soube reunir um apoio em torno da equipa nunca visto anteriormente, porque soube criar espírito de grupo entre os jogadores, porque era o primeiro a dar a cara quando lhe faziam ataques pessoais ou aos seus atletas. Porque é inteligente. Ou esperto, como diriam algumas pessoas.

Tudo isto é a antítese do actual seleccionador nacional, que apesar de ser professor e um estudioso do futebol, tem muito pouco de inteligência. Este homem não tem paixão nem carisma, não tem o apoio da maioria dos jogadores, não tem substância para justificar a arrogância com que se dirige a toda a gente. Vive em permanente conflito consigo próprio e com tudo o que o rodeia, numa amargura inexplicável e impurgável. E quando assim é dificilmente os resultados pretendidos aparecem.

PS – Não tenho qualquer problema em admitir que mais que qualquer outro, adorava que fosse a Argentina a ganhar este mundial!