sexta-feira, 12 de julho de 2013

DE MÃOS A ABANAR


Há já algum tempo que venho dizendo que é cada vez mais difícil trazer uma recordação das férias no estrangeiro que valha realmente a pena. Em Portugal, por exemplo, é mais fácil arranjar uma estatueta de pau preto do Senegal ou uma lanterna marroquina que uma cantarinha de Nisa. A sério que é! Vamos nós à Tailândia, a Marrocos, ao Brasil ou às Maldivas e mais depressa presenteamos os outros com umas fotos da piscina do hotel no Facebook do que lhes trazemos algum objecto exótico. E depois dizemos: "Ah, então mas tudo o que vi, os monhés e as lojas dos chineses cá também vendem..." - o que não deixa de ser tendencialmente verdade. Para resolver isso, se calhar podíamos pensar em exportar uns lenços dos namorados, umas cadeirinhas alentejanas ou uns zés-povinhos em loiça para deixarmos de ter desculpa para voltar das férias lá fora de mãos a abanar.

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